segunda-feira, 26 de setembro de 2011

sem fuga.

Tempo, quão cruel, amargo, inpiedoso és.
Trás a experiencia com uma mão, e com a outra tira o nosso melhor!
Velhice. O corpo já não acompanha a mente, tudo fica descordenado.
Nos tornamos tão frágeis quanto quando nascemos. A nao ser pelo fato de que nem tudo tem a mesma graça, aliás à essa altura a graça só está nas recordações.
Voltamos ao início quando a reta final está proxima, que ironia.
Que falta de humor nessa historia de envelhecer.
E como prêmio por toda trajetória vivida, ganhamos nada mais que a escuridão a sete palmos de um chão qualquer.

(Débora Oliveira)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

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Nao tem como definir o sentimento com a escrita, para isso ele tem o seu nome, e apenas isso lhe cabe escrever. Posto que palavras são palavras, e sentimentos são assim... só para sentir. (DéboraOliveira)

domingo, 18 de setembro de 2011

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Fixada no meu mundo, isolo todo o contato com o exterior usando um par de fones nos ouvidos. Escuto apenas os meus pensamentos, e sem interferências escrevo o que vejo. Observo as pessoas como marionetes da vida, quando na verdade nós é quem deveríamos usá-la de acordo com as nossas vontades. Ela, a vida, nos leva onde ela quer... molda nossos sonhos, nos mostra com quem devemos nos encontrar. Algumas pessoas pessoas chamam isso de destino, em contrapartida prefiro me referir à esses acontecimentos como ''a vida''. É ela quem decide quando, onde, como e quem conhecer. E porquê não somos nós quem decidimos? Porquê não decidimos a hora certa de encontrar um amigo... ou o amor verdadeiro? Porque não temos o direito de escolher quais sentimentos queremos sentir ou simplesmente quando estamos prontos para morrer? Somos apenas coadjuvantes de tudo isso. E o papel principal fica só para ela: A VIDA. Não é que eu não goste, pois até que ela está sendo agradável comigo.
(Débora Oliveira)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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Você me provoca, você me pertuba, joga água e sai correndo. Atira a pedra e me acerta de raspão, me espia no escuro e mostra a língua, me xinga, me atiça. Invade o meu sossego, meu refúgio, pisa no meu ninho com os sapatos sujos, na minha toca, sem saber o meu tamanho, até onde vai meu bote, você me provoca achando que não há perigo. Sem conhecer a força da minha mordida, o tamanho dos caninos, você me provoca, sem esperar a picada, sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.