quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Um café e um amor, quentes, por favor!

Idealizei o gosto de um café. O fiz! E acredita? Estava do jeito que eu gosto. Bebi, e me acabei de tanto beber. E enquanto bebia, não me imaginava mais sem aquele café. Mas olha só, o café esfriou! E não adianta requentar, não tem o mesmo gosto. Só fazendo um novo café. Mas imagino, será que vai haver café tão bom quanto esse? Será que consigo, e sera que quero e preciso mesmo de mais café? Por fim, vejo que não adianta mais café! É daquele que eu gostava, e mesmo frio, é daquele que eu queria beber. Mas quem seria louco de tomar um café frio? Tá, há quem goste! Mas isso é judiação, oras. Em contrapartida, existem aqueles que vivem por aí, comprando em um lugar qualquer, um pingado. Sabe, aquele café acrescido de leite, e sendo esse leite uma mascara, pra esconder o gosto horrivel que deve ter essa café feito com pressa, e sem apreço, sem cuidado, e feito pra ser sevido pra qualquer um. Enfim, alguns se satisfazem com isso...
O que importa é que há muito café por aí... mas, não adianta, queria mesmo o meu café. Então, esperei, e fui olhar na garrafa se ainda havia daquele café, gostoso, forte, doce. Ops, a garrafa estava emperrada. Tive que esperar, tenho que esperar! Talvez nao seja hora de beber mais desse café, ou talvez seja hora de esperar o gosto dele sair da minha boca. E mesmo com vontade, tenho que aceitar que a garrafa está emperrada. Paciência né, vai que ela desemperra. Só não posso forçá-la, afinal, posso quebrar... e não é essa minha intenção. Porque só quero o café! Enquanto isso, lembro o gosto do café que ficou na boca. E mesmo que frio, ainda olho pro café na xícara, e ainda há café... só está frio!
Talvez seja por isso que eu goste tanto de café, só por ele se parecer tanto com o amor. Pois é exatamente nisso que eles se igualam, afinal, cá pra nós, nada pior que café e o amor quando esfriam.

(Débora Oliveira.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário